Lou chega à festa e é gentil com todos. Uma mulher acima de qualquer suspeita. Amiga, divertida, querida...
Acende um cigarro, serve-se de vinho e observa a noite... as pessoas...
Pensa em si mesma...
Um burburinho chama ligeiramente sua atenção.
Sammy desaparecera do recinto.
Indiferente, ela dá mais um trago e espera pelo desenrolar. Já sabe o que se passa... Já passara por isso antes.
Não olha. Apenas escuta... abstrai...
O olhar confuso e desesperado de Lane lhe traz lembranças de quem um dia ela fora. Alguém que ela não deseja voltar a ser.
Lia naqueles olhos cheios de um misto de ódio, rancor e insegurança, o desespero da pobre jovem. Via na jovem, em sua atitude, reflexo de seus sentimentos indomáveis, aquela que desenhou seu passado... Entende e pensa “Pena... dói mesmo... seria tão bom poder passar pela flor da idade sem essa explosão de sentimentos...” dá um gole e solta sem querer:
- Seria?
Volta Lane que de forma cortês lhe oferece mais vinho. Educadamente aceita e estabelecem um diálogo protocolar. Nenhuma delas pretendia estar ali interagindo. Apenas o faziam por Sammy. A multidão sequer notava a tensão no ar...
Lou sabe que aquele pânico não é infundado e sente ganas de consolar a garota, não fosse ela a sua algoz.
Entende o pressentimento de Lane, que sim, tem fundamento.
Ninguém jamais deixara transparecer ou sequer admitira qualquer relação. Na realidade, nada acontecera mas todos os envolvidos sabiam que estava próximo... e temiam... Exceto Lou, que um dia jurou pra si que jamais voltaria a fugir dos acontecimentos. Não fugia, não se desesperava... aguardava.
Sammy abstraía. Tentava convencer Lane de que estava dominada por pensamentos obsessivos e a obrigava a ser gentil e sorrir para que ninguém notasse seu descontrole. Ninguém notara... Exceto Lou. Já se sentira assim tantas vezes... como quem é golpeado por trás e asfixiado sem saber a razão. Parece incoerente. Ela sabe... sabe como é mas desistira há tempos de tentar explicar ou entender.
Mas ali não.
Sammy sabia, apenas não admitia. Já perdera Lou tantas vezes que preferia não se iludir novamente.
Aquele desejo represado de anos os dominava enquanto eles fingiam não ter malícia no olhar.
Lou lamentava sinceramente pelo sofrimento da jovem, mas sabia que o curso daquela etapa chegava ao fim.
Dava seu trago, admirava a bela pintura e limpava sua consciência inventando para si que nada fizera para contribuir com este inevitável fim. Nem um olhar ou sorriso lânguido...
Sabia, entretanto, que sua presença era o suficiente para desestruturar o pensamento daquele homem. E daquela jovem também!
Havia desejo. E uma história não escrita no passado
lembrei de uma teoria minha... de q o modo como vc brinca com a sua barbie como criança diz muito sobre a mulher q vc vai ser... a minha barbie era jornalista (ok, só sou no diploma, mas sou), morava do lado do trabalho (eu tinha o lar&escritório da barbie), trabalhava o dia todo e quase todo dia saía para festas cazamiga... ela não namorava, nunca namorou. pq eu achava o ken um trouxa e nunca quis ter um. eu queria q minha barbie namorasse um comandos em ação, pq aí ele ia pra guerra e ela podia ficar muito tempo sozinha, curtindo com os amigos todos, sem ter q se preocupar com o namorado. enfim... uma teoria. rs
ResponderExcluirOlha que faz sentido...
ResponderExcluirBom, a minha saía com o Zacarias, um cara zuado porém divertido mas que não se aguenta por muito tempo, casou com o Ken, um cara insoso que perdeu as duas pernas e foi jogado no lixo e depois disso ela acabou sumindo... onde estará ela agora?
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ResponderExcluira-d-o-r-e-i.
ResponderExcluirestou ansiosa pelo próximo post fugitivo.