segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Será, que tudo é bem mais facil quando a gente esquece?


Quinta-Feira, 25/11/2010, 01h05

" Às vezes me lembro dele sem rancor, sem saudade, sem tristeza. Sem nenhum sentimento especial a não ser a certeza de que, afinal, o tempo passou. Nunca mais o vi, depois que foi embora. nunca nos escrevemos. Não havia mesmo o que dizer. ou havia? ah, como não sei responder as minhas próprias perguntas! é possível que, no fundo, sempre restem algumas coisas para serem ditas. É possível também que o afastamento total só aconteça quando não mais restam essas coisas e a gente continua a buscar, a investigar — e principalmente a fingir. Fingir que encontra. Acho que, se tornasse a vê-lo, custaria a reconhecê-lo"
Caio Fernando Abreu


" Descobri que minha obsessão por cada coisa em seu lugar, cada assunto em seu tempo, cada palavra em seu estilo, não era o prêmio merecido de uma mente em ordem, mas pelo contrário, todo um sistema de simulação inventado por mim para ocultar a desordem da minha natureza. Descobri que não sou disciplinado por virtude, e sim como reação contra a minha negligência; que pareço generoso para encobrir minha mesquinhez, que me faço passar por prudente quando na verdade sou desconfiado e sempre penso o pior, que sou conciliador para não sucumbir às minhas cóleras reprimidas, que só sou pontual para que ninguém saiba como pouca me importa o tempo alheio. Descobri, enfim, que o amor não é um estado da alma e sim um signo do zodíaco. "
Gabriel Gárcia Marquez

" Falar de melancolia é fácil. Os dicionários estão recheadíssimos de palavras bonitas que tendem tristes a explicar o sofrimento dos outros. O difícil é falar da alegria. Alegria que pode ser felicidade momentânea, mas quase não tem sinônimos na literatura.
O estar bem não inspira, não vira música nem poesia. Estar triste é sentimento premiado no Oscar de melhor drama, é realidade inventada para vencer o tédio que é ser comum e não ter do que reclamar. "
Verônica H.

Dúvidas

Quinta-Feira, 25/11/2010, 04h30
Mais uma madrugada de insônia

2 comentários:

  1. a resposta é: sim. o difícil é esquecer.

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  2. A minha resposta é quase isto: o difícil é assimilar. Quando você passa a aceitar tudo como um fato e transofrma seu fato numa pedra você tem duas alternativas: desvia da pedra ou a transforma num degrau. E de um jeito ou de outro a pedra fará parte da tua história: ou ela contribuiu para o seu trajeto de alguma forma, ou ela foi irrelevante. Mas em algum momento ela esteve lá. E estará para sempre.

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