Recentemente, soubemos do caso do hospital das clínicas e a "fila dupla" (sus e convênios).
Gostaria de deixar aqui um convite a reflexão ética.
Existem duas grandes vertentes éticas, a absolutista e a relativista. Não existe melhor ou pior, são apenas pontos de vista diferentes.
Segundo a ética absolutista, a conduta de alguém é pautada por valores absolutos, não importando a condição/momento. Exemplo: Eu sou contra o aborto, não importa se é com um desconhecido, com uma filha minha, com uma menina de 12 anos... contra em QUALQUER CIRCUNSTÂNCIA.
Segundo a relativista, de acordo com a circustância, eu posso ser contra ou a favor de algo, nesta diz que se os fins forem generosos, não importam os meios. Se você fizer o maior bem, para o maior n˚ de pessoas pelo maior tempo possível. Ou o menor mal para o menor n˚ de pessoas pelo menor tempo possível.
Com este olhar, gostaria de sabe a opinião de vocês em relação a notícia abaixo:
Fila dupla no Hospital das Clínicas
Desenvolvido pelo professor Jésus Lisboa Gomes (Centro Universitário FECAP).
No renomado Hospital das Clínicas de São Paulo, foi instituída uma fila dupla ou “dupla entrada”: Os pacientes particulares e de convênio enfrentam filas bem menores do que os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), que é público e gratuito. No Raio X, por exemplo, um paciente do SUS, segundo dados do próprio hospital, pode ter que esperar de quatro a seis meses para conseguir um exame de
tomografia computadorizada. Um paciente particular ou de convênio espera por cerca de 2 a 6 dias pelo mesmo exame. Essa mesma situação se repete para fazer uma ressonância magnética, exames laboratoriais, consultas e cirurgias.
Os dirigentes do Hospital, administrado pela Universidade de São Paulo, admitem a existência da fila dupla e da discrepância nos prazos de atendimento. Mas afirmam que os pacientes do SUS teriam um ganho mínimo na redução do tempo de atendimento se fosse adotada a fila única, pois, apenas 4,8% dos pacientes são particulares e conveniados. Em contrapartida, esses conveniados e particulares respondem por 30% do faturamento do hospital. Os recursos arrecadados - garantem os dirigentes do complexo hospitalar - são aplicados no pagamento de médicos e no atendimento aos pacientes do sistema público.
Em dezembro de 2010, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo aprovou lei que autoriza a destinação de 25% dos leitos e atendimentos nos hospitais públicos para pacientes particulares e usuários de planos de saúde privados. A mudança valerá para as unidades geridas por Organizações Sociais (OSs), instituídas a partir de 1995 com o objetivo de melhorar o atendimento aos usuários da rede pública de saúde. No Estado de São Paulo 20 hospitais públicos são geridos por esse sistema.
O Ministério Público condena a prática, considerando-a, além de imoral, ilegal. Os profissionais de saúde alegam que o sistema adotado sobrecarregou os hospitais que se mantiveram sob administração direta do poder público, piorando a qualidade do atendimento.
Em 09 de agosto de 2011 o Ministério Público anunciou que ingressará com ação contra a lei aprovada da fila dupla. De acordo com os promotores, ela contraria a Constituição Federal de 1988, que instituiu o SUS (Sistema Único de Saúde), cujos princípios fundamentais são a universalidade e a gratuidade do atendimento.
Se o hospital é público, tem que atender e priorizar o povo, sem distinção.
ResponderExcluirSe você prioriza o particular, prejudica ainda mais aquele que não tem condições.
Se a iniciativa privada quer usar nossos equipamentos, que entre na fila. ou então que COMPRE!
E se o hospital precisa de grana, que peça ao governo, não à iniciativa privada...
Esse "jeitinho basileiro" tá todo errado!