segunda-feira, 30 de julho de 2012

Encontros e desencontros


Ingrid amou Richard, que a amou... como amiga!
Após noites e noites de tudo de tórrido que se possa provar, pensava que, daquela química toda ele pudesse ter a mesma interpretação...
Já não se frustrava ao ouvir "Sempre que estivermos solteiros, vamos nos encontrar!"
Restava-lhe a entresafra!
E aceitou enquanto houve, até que não mais...
Restou a amizade, que ambos cultivaram como algo precioso.
Mas Ingrid jamais deixara de amar Richard.
O cruzar de seus olhos e as risadas entre uma cerveja e outra... dedos entrelaçados com seus respectivos pares e os olhares sem malícia aparente que traziam a tona lembranças do passado... E pareciam dizer "Você é a melhor carne que já comi em toda a minha vida... comi e comeria quantas vezes me fosse posta à mesa"
Como poderia, depois de tanto tempo ainda haver desejo? Seria isso o amor? Um tesão que o tempo não acaba?
Como pode?
Fugaz e eterno...
Como pode?
Voltar a gostar de alguém de quem nunca deixara de gostar...

Restava soterrar a aflição e transformar ou enganar o sentimento... Juntos? Não... era esse o acordo...
Mas Richard sabia.... Ela nunca escondera dele... Só ELE ... Fora o melhor em tudo... E riam juntos como se fosse banal!

Até que um dia, velhos, viúvos, estrupiados e sem libido alguma, se reencontram e resolvem matar a solidão da velhice juntos... e percebem o quão idiotas foram buscando o complexo quando suas companhias estavam ali... Poderiam ter viajado juntos, "libidinado" mais e ido ao cinema comendo M&M's... Mas ficou tudo pra depois!

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Historinhas assim acontecem o tempo todo...
Deveria ser proibido
Deveria ser simples

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