Ainda na polêmica do público diferenciado, vinha eu no 7545 João XXIII - Praça Ramos, após uma agradabilíssima tarde em companhia da minha família na Zona Oeste de São Paulo, numa sexta à noite de volta aos meus aposentos no Centro quando uma um grupo de moças muito pouco vestidas para o frio da noite, e com urticárias nas cordas vocais entrou com seus celulares frenéticos e acabou com minhas esperanças de sossego durante os próximos 45 minutos...
A fulana que deu a entrevista que originou o termo "público diferenciado" nos termos em que vem sendo usado, fez com que se criasse em torno dele uma atmosfera negativa, quando no meu entender, "diferenciado" sempre trouxe um significado positivo.
Diferenciada sou eu, que não importuno ninguém com meu som, que sei que ninguém é obrigado a gostar de rock'n roll e muito menos a ouvir o que eu estiver ouvindo no MEU aparelho de MP1, 2, 3 ou 4!
Uma delas ainda falou pra quem quisesse ouvir que estava indo pro Carioca Club! Ah vá! Pela altura do som em seus celulares acho que ia rolar um duelo com os músicos de lá.
Rockeiros tem fama de baderneiros, marginais, viciados e tudo o que é de ruim... mas eu (infelizmente) nunca encontrei ninguém ouvindo Led Zeppelin e seu celular sem fone!
Mas então só porque elas são sem educação e frequentam o Carioca, todas as pessoas que ouvirem o mesmo tipo de música e frequentarem o tal clube então são sem educação também? Duvido. Toda tribo tem seu lado bom e seu lado ruim. E gosto... é gosto, fazer o que?
Mas a educação... pô, na minha época, era mãozinha pra trás. Falou muito alto, fez escândalo, tapa na boca! Ahhhh... e quando minha mãe só dava aquele olhar de "em casa a gente conversa..." uau... era torturante! Cresci revoltada? Não! Agora essa geração... Não vou falar nada senão vão achar que estou incitando a violência! Mas são aquelas crianças que davam com a cabeça no chão no meio do shopping e que a mãe vinha arrastando pelo braço ... cresceram sem limites agora saem sem roupa no frio só pra contrariar a mãe que deve dizer "leva a blusa"!
Mas voltando ao som!
Soube de uma mocinha que, super gatinha, discreta, que certa vez, estava na estação de trem, cansaaaada a coitadinha, quando um jovem sentou ao seu lado e ligou o celular num funk daqueles bem violentos! O imbecil certamente estava tentando impressionar. E conseguiu: negativamente, claro. Ela torceu o bico, bufou, mas nada fez com que ele se tocasse. Então ela começou a peidar! Quando ele sentiu o fedô, começou a procurar em volta, olhou pra um lado, pro outro, o sapato... até que ela disse "tá bom pra você assim? Eu aguento o teu som e você aguenta os meus peidos!". O cara olhou indignado, falou "dá licença mano!" e saiu!
Adoreeeeeeeeeiiiiiii!!!!
Acho que a gente devia começar uma campanha: "fones ou peidos" ou "Fones ou Travessuras"
Então... vamos celebrar as diferenças?
Mas vamos respeitar o espaço comum!
Enquanto o som tocava e as meninas falavam feito gralhas no cio, eu pensava "falta de educação devia ser crime... "
Devia... mas pensando a fundo... como será a família dessas meninas?
Fatalmente seus pais e avós também não tiveram educação, não aprenderam a fundo o que é uma sociedade, uma comunidade... e o que elas vão ensinar aos seus filhos?
Quem é que tem que ser preso? O sem educação que incomoda muita gente no coletivo ou os caras que não andam em coletivos e que deveriam prover educação?
Ai Agatones, sabe o que é o pior? Essa realidade é comum para todos os dias da semana. Segunda a segunda! Não tem fim de semana e nem feriado.
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