Plástica, Photoshop e bom senso

Nada contra mulheres que são vaidosas e que gostam de se cuidar.
Tampouco acerca de mulheres que, não satisfeitas com suas atuais formas, optam por intervenções cirúrgicas, próteses, lipoaspiração/escultura/etc etc etc que eu ainda não sei os nomes.
O perigo está em perpetuar um modelo de busca pela beleza pouco saudável e pouco perene. Alimentação bacana e alguma atividade física com regularidade são e sempre serão a melhor maneira de se manter em forma, seja física ou psicologicamente.
Ok, até aqui nenhuma novidade.
O que me fez escrever esse post foram as fotos recém-publicadas da ex-estudante (sim, ela trancou a matrícula) universitária Geisy Arruda, que há algumas semanas participou de um reality show.


A quantidade de tratamento que as fotos receberam é absurda e foge ao bom senso. As imagens que pude ver mostram uma pele com a textura que até Michelle Obama gostaria de ter.
Não é de hoje que vejo uma tremenda falta de bom senso na hora de usarem o famoso Photoshop na hora de tratar imagens.
Já usei e ainda uso a ferramenta para corrigir imagens, mas jamais para tentar produzir uma falsa realidade. Considero perfeitamente aceitável corrigir luz, nitidez, balanço e tons de cinza em uma foto, por exemplo. Até eliminar olheiras de uma noite mal dormida eu poderia tolerar.
Mas tirar rugas, manchas de pele, afinar cintura e tirar "papinha" é enganar o leitor. Isso fere o propósito da fotografia, que é retratar (por isso o nome retrato) a realidade.
Geisy Arruda tem todo o direito de mostrar suas formas - sejam lá quais forem - e faturar sua grana. E nem tem culpa pela quantidade de edição pela qual suas fotos passaram.


Estou usando as fotos de Geisy Arruda meramente como exemplo por ser a mais nova celebridade instantânea a posar nua. Mas esse é um fenômeno que se repete com muita frequência.
Só pra finalizar, não a vejo como uma "oportunista", como muitos julgam. Apenas soube aproveitar bem a atenção que a midia lhe deu, e que ela, até prova em contrário, não pediu para ter.