segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Minha narrativa sem medo


Milhares de promessas
Começam a ruir
Assim como os bolsos
Dos reis do novo mundo
Como estômagos vazios

Um livro e quarenta fantasmas
Cheios em um quarto
A escola como um túmulo
Onde a casa está abandonada

Sinta a fina navalha

E de pensamento está bloqueado no túmulo
As histórias que chocam as vidas fora da tela

O medo da música, meus verbos voam como uma família de pedra
O diabo da caneta ajeita aquele cenário para uma guerra em casa
As mãos rasgadas da mãe, sua cara afundada

Silêncio!

Algo sobre o silêncio me irrita
Pois o silêncio pode ser violento
Tipo um pulso ferido

Apague as luzes

Para se desligar da máscara
A linha de frente está em todo lugar
E os especuladores do mercado estão com o bolso cheio, para anunciar um disfarce moderno

Na luz certa, estudo se torna percepção
Eles querem que a gente afirme, prometa
E se curve perante o Deus deles
Perdida a cultura, cultura perdida
Confundiram nossas mentes através do tempo

A ignorância (sempre) nos dominou



Trechos de várias músicas da banda Rage Agains the Machine. A revolta e a vontade de mudança traduzida em versos

7 comentários:

  1. Ira e muitos recados a serem lidos.

    ácido, doce e...

    Ainda não digeri.

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  2. Olha só a Priscila! Achei que algumas construções podiam ser modificadas pra melhorar o texto, ex: E de pensamento bloqueado está o túmulo
    As histórias que fazem brotar as vidas fora da tela

    sei lá, só uma sugestão... Mas há de se reconhecer sua evolução (no sentido que Lamarck dava pra essa palavra), parabéns.

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  3. Pri...Muito massa! já gosto do Rage e traduzido em poesia, ainda mais.

    Um beijo!

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  4. Sou muito otimista pra poesia-de-músicas-pessimistas

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