quarta-feira, 29 de maio de 2013

Carta aos pais de esportistas 3

Neste terceiro post sobre a vida esportiva das crianças venho tratar de um tema mais delicado, que são os comportamento de pais em algumas situações no cotidiano de treinos e jogos e como os pais podem  lidar com isso e contribuir enormemente com o desenvolvimento dos filhos no esporte. 

Durante as Aulas

As aulas são momentos de aprendizados e, como todo aprendizado ocorre muitos erros e a criança deve aprender com esses erros e, acima de tudo, tentar cada vez mais, pois ali é o momento de "errar", porque este é um momento de criação e independência.

No esporte a criança terá de tomar a decisão e iniciativa sobre o que fazer em determinado momento e, nesse caso, a excessiva presença dos pais nas aulas e treinamentos, de certa forma, inibe essa independência e liberdade de tentar, pois as crianças buscam a aprovação dos pais, e se a criança fica com medo de errar e decepcionar os pais, isso inibirá o processo de criação e aprendizado, porque os pais são o porto seguro das crianças, ou seja, no primeiro sinal de problema elas buscam por eles, seja através de um olhar ou mesmo correndo até eles. Portanto uma boa dica aos pais é que incentivem seus filhos, levem e os acompanhem aos eventos esportivos e preferencialmente, nas aulas e treinos procurar observar de longe, pois assim ele se soltará e confiará no professor com mais segurança.

Nas competições

Como  ja dito na introdução do tema no primeiro post sobre o assunto, uma competição mexe muito com os ânimos de todos: na criança, nos pais e nos professores. É necessário manter o máximo de cuidado nessa hora para não passar insegurança ou muita pressão para a criança.

Uma competição é inerente a vida, ela acontece o tempo todo, e os profissionais que lidam com o esporte tem que introduzir as competições nas aulas e eventos; no entanto cada fase da vida tem seu nível ideal de competição e, mais do que isso, cada pessoa tem sua maneira de lidar com a competição, portanto cabe ao professor organizar as competições de acordo com a faixa etária da criança e aos pais cabem se informar sobre as melhores formas de disputa para seus filhos e sempre conversar com o professor a respeito.

Como lidar com treinador/professor

Confiança é a palavra chave aqui. Seu filho estará aos cuidos e sob responsabilidade de uma outra pessoa e ela terá que ser de total, absoluta e irrestrita conduta ética e profissional. Portanto procure e escolha profissionais capacitados para trabalharem com seu filho.
Esteja presente e participe o máximo possível da vida esportiva da criança, mantendo contato direto e franco com os professores de seu filho.

Vale ressaltar o item sobre a administração das aulas, preferencialmente procurar não entrar em quadra, procure levar e buscar seu filho ao local das aulas e deixá-lo aos cuidados do professor, ocasionalmente converse com o professor e assita algumas aulas e, sempre perguntar aos filhos como estão se sentindo em relação as aulas, ao professor e o que tem aprendido, mostrando interesse e monitorando as aulas. E por fim, confiar na aptidão do profissional que se dedicou ao estudo do esporte ligado as crianças.

Como lidar com academias/organizadores/árbitros

A mesma confiança depositada no professor, deve acontecer com a academia , organizadores de eventos e arbitragem. Faça pesquisas, converse com pessoas e escolha locais de sua confiança, a partir daí é monitorar se tudo vem correndo bem e se o atendimento a seu filho esta a contento; pergunte ao seu filho o que ele sente a respeito do local e sobre as pessoas envolvidas.

Não interferir com árbitros em seu trabalho de forma alguma, por mais que para você, pareça que ele esteja equivocado em algum lance envolvendo seu filho. Lidar com os erros dos outros, perder e reclamar, se for o caso, compete à criança e isso o ajudará em sua formação. Por conseguinte, os pais são exemplos aos filhos e, comportamentos fora de um padrão são interpretados como certos pela criança.

domingo, 26 de maio de 2013

Os 15 maiores pecados do currículo

Algumas coisas podem eliminar você de um processo seletivo com facilidade, fique atento aos maiores pecados e não corra o risco:

1 – Currículo sem Objetivo Profissional ou objetivo vago, muito abrangente
Sei que você não está conseguindo emprego e que você "topa o que rolar", mas é importante que você seja claro com relação à função que está candidatando. Um objetivo genérico ou vago não vai trazer alguma coisa para você. Diga o que quer.

2 – Dados pessoais como RG, CPF, Título de eleitor etc…você está enviando um currículo ou abrindo um crediário?
Esqueça. Nada disso é importante nessa fase inicial. Só polui o currículo.

3 – Precisa de pretensão salarial?
Há quem goste e quem não goste, isto é algo que pode ser visto sobre 2 pontos de vista.
Enquanto recrutadora, eu gosto por que facilita a minha vida. Mas eu não deixo de telefonar para um bom candidato se esta informação não está no currículo.
Colocar um "preço" no seu currículo pode fazer você perder oportunidades, que você talvez topasse mesmo sendo um pouco menores que sua pretensão, já que se o recrutador vir um "preço" muito maior do que ele pode pagar, dificilmente irá te ligar. Além disto, se optar por colocar, não seja tão radical com relação ao valor, estabeleça uma faixa, a não ser, é claro, que a sua situação seja tranquila. Mesmo assim, pense bem, uma entrevista pode ser uma porta aberta para o futuro. E se for colocar esta informação: coloque no final do currículo. O “preço”, logo de cara, pode assustar, primeiro mostre o que você pode fazer.

4 – Formatação incomum
Tipos de letras e cores estranhas e difíceis de se ler, papel com fundos de cores fortes, abuso de combinação de cores, são apenas algums dos exageros que dificultam a análise do seu currículo por parte de quem lê. E só cabem se você é um profissional de design / artes visuais. Ainda sim, bom senso sempre, lembre-se, neste caso o seu CV é uma 'amostra grátis' do que você pode fazer.

5 – Foto?
Não precisa, a única utilidade que eu vejo é lembrar mais fácil quem é você quando o seu currículo estiver na minha mão. Elas só são indicadas se a função a que se candidata seja de modelo, vendedor, ou outra que exija boa aparência.

6 – Funções e experiências sem relação com o objetivo profissional
Não precisa encher linguiça: passagens por empresas e funções que nada acrescentam ao objetivo principal são desnecessárias no seu currículo e só vão passar a impressão de que você não sabe o que quer. A vaga é de analista programador e você trabalhou como ajudante de padeiro no seu primeiro emprego? Não precisa, né?

7 – Muitas páginas…enviou o TCC por engano?
Nada de livro, nem de bilhete. Se você tem muita experiência que faça com que seu currículo fique muito grande, resuma um pouco. Se estiver curto de demais, inclua alguns detalhes. 1 a 3 páginas no máximo. Recado importante para CVs curtos: descreva o que você faz! Um "assistente comercial" pode fazer uma coisa na empresa X e outra completamente diferente na empresa Y. E você será contratado ou não pelo que sabe fazer.

8 – Currículo genérico…1001 utilidades!
Muitos generalistas tem um pouco de preguiça e montam um currículo genérico, mandando pra tudo quanto é oportunidade… O risco é grande de o candidato cair no descrédito devido a falta de foco.

9 – Papel exagerado…
Tem gente que manda o currículo parecendo uma chapa de pulmão, naquele envelope laranja gigantesco… bom, se fosse como aqueles sorteios em que as cartas são jogadas no alto, tudo bem, né, mas não é o caso. O padrão A4, branco, vai bem.


10 - Preconceito com o RH
Muita gente vai para uma entrevista com RH até desapontado, por que pensa "por que eu não estou falando direto com quem iria me contratar? Essa menina não entende nada da minha área e não tem competência pra me avaliar". Em 1˚ lugar, essas meninas, profissionais de recrutamento e seleção tem SIM capacidade para realizar uma avaliação técnica do profissional (e muitos se especializam em segmentos por este motivo), em 2˚ lugar, numa entrevista o profissional de RH não quer só saber se você tem a competência técnica necessária, o profissional quer saber se você se adequaria aos valores e a cultura da empresa (coisa que ele conhece muito melhor do que você). Como diria Max Gheringer, num processo seletivo, o que conta não é a sua opinião sobre RH, mas a opinião do RH sobre você.


11 – Informações falsas
Mentir é comum para muita gente e pode até render uma entrevista, mas quando for fazer a entrevista técnica, a máscara poderá cair, e você fatalmente ficará queimado quanto a novas oportunidades nessa empresa e com este recrutador (que amanhã ou depois poderá estar em outra empresa)… vale à pena o risco? Eu sou categórica, se pego uma mentira falo na hora para o candidato.

12 – Informações incompletas
Alguns pensam que o fato de o currículo faltar informações essenciais poderia fazer com que o departamento de RH entre em contato para tirar dúvidas e então surgir uma oportunidade… ledo engano. Se tiver outros currículos mais completos, o seu provavelmente será descartado.

13 - Evite e-mails ou telefones que mudam com freqüência
Já pensou você perder uma vaga de emprego no Google porque o seu e-mail e o seu número de celular mudaram? Saiba que isso já aconteceu.

14 - Cuidado com o tecniquês no currículo
Tenha sempre em mente que antes de chegar a uma pessoa mais técnica, seu currículo pode passar por um profissional de RH que pode não entender uma linguagem que seja muito própria da sua área de atuação. Não deixe de mencionar as linguagens e tecnologias que domina, mas, além disso, procure fazer um breve perfil, dizendo quanto tempo tem de carreira e que tipo de projetos participou.

15 - Venda-se bem
Não economize nas informações que contam ponto para você. Se participou de algum projeto importante, além de citá-lo, diga o quanto a empresa ganhou com ele, conte quantas pessoas estavam sob seu comando etc. O currículo é a sua oportunidade de mostrar quem você é e os talentos que tem.


sexta-feira, 24 de maio de 2013

Ser paciente

É comum ouvir-se dizer que alguém perdeu a paciência.

Sendo a paciência uma virtude, parece estranha a idéia de que possa ser perdida.
Virtudes são conquistas do espírito, que as incorpora em seu modo de ser.
Não se trata de algo exterior, que o homem encontra e vê desaparecer sucessivas vezes.
Quem desenvolve uma virtude passa a ser melhor em determinado aspecto de sua vida imortal.
É possível perder-se apenas o que se possui, mas não o que se é.
Se uma característica nobre foi assimilada por alguém, ela não pode ser perdida.
A criatura genuinamente honesta jamais extravia a própria honestidade.
A pessoa bondosa não é privada repentinamente de sua bondade.
Assim, quando alguém afirma que perdeu a paciência é porque nunca chegou a ser verdadeiramente paciente.
Isso não significa que as virtudes surjam de um momento para o outro.
Elas devem ser paulatinamente elaboradas no íntimo do ser.
No longo processo de aquisição da nobreza interior, trava-se uma autêntica batalha entre os vícios e as virtudes.
É comum que certas quedas ocorram, pois se trata de um processo de transição.
Mas a verdade é que, enquanto a criatura titubeia entre atos nobres e mesquinhos, ela ainda está lutando contra si mesma.
Virtudes não são propriedade de um determinado espírito, pois compõem a sua própria essência.
Tanto é assim que habitualmente se fala que alguém é bondoso, e não que possui bondade.
Enquanto estamos com dificuldade para tolerar certas pessoas ou situações, ainda não somos pacientes.
No máximo, estamos lutando para incorporar essa virtude.
Afinal, é fácil conviver pacificamente com quem pensa igual a nós, ou suportar pequenos inconvenientes.
O teste para nossa fibra moral é suportar com serenidade grandes contrariedades ou provocações.
A verdadeira paciência é sempre exteriorização da alma que já realizou muito amor em si mesma.
Plena de amor, ela distribui os tesouros de seu afeto aos que a rodeiam, mediante a exemplificação.
A alma paciente já consegue considerar todas as criaturas como irmãs, em quaisquer circunstâncias.
Se necessário, ela esclarece a ignorância, mas sempre de modo fraterno.
Paciência é a tolerância esclarecida que revela a iluminação do ser que a manifesta.
Trata-se de uma conquista sublime, somente alcançada a custo de disciplina e esforço.
Para ser paciente é preciso domar os próprios impulsos inferiores.
Quem pretende ser tolerante deve cessar de ver problemas nos elementos externos, sejam pessoas ou circunstâncias.
Precisa compreender que todo o mal que atinge a criatura em evolução vem dela própria, de seu interior carente de renovação.
Quem percebe as suas seqüelas morais, sem disfarces ou desculpas, naturalmente tende a olhar o próximo com tolerância.
Mas não basta apenas perceber os próprios problemas.
É necessário corrigi-los, com a adoção de novos padrões de comportamento.
A disciplina antecede a espontaneidade.
Transformar vícios em virtudes pressupõe disciplina e determinação.
Assim, para ser paciente é preciso esforço em tolerar as dificuldades e os defeitos alheios.
Mas também é indispensável trabalho concentrado para vencer os próprios vícios.
Pense nisso....
(recebi pela internet, não sei quem é o autor, mas veio bem ao acaso!)

bom final de semana!!

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Carta aos pais de esportistas 2


Prosseguindo com o tema sobre a difícil tarefa de acompanhar a vida esportiva dos filhos, continuo com relatos sobre experiências vividas nesses anos acompanhando milhares de crianças e seus pais. 

Para quem esta lendo esse recomendo a leitura do primeiro texto a respeito do tema, no qual eu falo entre outras coisas que não tenho a pretensão de fazer um guia e sim trocar idéias a respeito de esporte e educação das crianças.

Hoje o tema principal se trata de algo extremamente importante sobre o que as crianças gostam, do que elas não gostam e principalmente do que elas precisam.



Do que as crianças gostam

Aqui podemos pensar como crianças que nós fomos um dia. Neste aspecto são consensuais algumas coisas que as crianças gostam quando buscam uma atividade:

  • Diversão
  • Amigos
  • Aprovação dos pais (orgulho)
  • Ganhar (obter êxito em determinada atividade)
  • Que os pais assistam a seus jogos e atividades.
  • Que os pais participem junto com eles
  • Mostrar aos pais o que aprenderam
  • Apoio incondicional

Do que as crianças não gostam

Também podemos olhar com a nossa visão de criança e lembrar o que não gostamos no comportamento de nossos pais. Ressaltamos que não estamos incentivando os pais a mimarem seus filhos. Todos os tópicos, abaixo, tratam dos comportamentos excessivos, que podem causar danos ao futuro esportivo das crianças. Alguns deles são:

  • Pais chorando e se lamentando
  • Reprovação dos pais
  • Bronca excessiva
  • Castigo
  • Pressão pela vitória
  • Críticas destrutivas

Do que as crianças precisam

Diante das preferências acima citadas – das crianças gostarem ou não – há necessidades de que elas entendam que existem regras que são importantes e precisam ser cumpridas. A função primordial dos pais é fornecer elementos prescindíveis que proporcionem às  crianças segurança, apoio e estímulos, que são:

  • Limites
  • Apoio
  • Instrução
  • Motivação
  • Bons exemplos
  • Boa alimentação
  • Bom sono
  • Educação
  • Esportes/artes/músicas (atividades que proporcionem o desenvolvimento cognitivo)

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Bom-dia!

O mínimo que você deve fazer no seu dia é dar bom-dia. Bom-dia pro motorista de onibus, para o cobrador, para o segurança na porta do trabalho, pra recepcionista, pros colegas de trabalho... Bom-dia!
É o mínimo que você deve fazer para que você tenha um bom-dia também. Mesmo para aquela pessoa que você nem fala tanto, que não vai muito com a cara, que você sabe que não gosta de você. O bom dia é o mínimo para se viver bem e em harmonia com a sociedade.quem não dá bom-dia, não merece ter um bom-dia!

Bom-dia pessoal! E um ótimo final de semana!

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Carta aos pais de esportistas 1


 Aos Pais

 “O importante é aproveitarmos o momento oportuno para ensinar que o melhor resultado e o sucesso, nem sempre vem com a vitória, mas sim com a superação da própria criança.” 
      Professor Valdir Barbanti


Os próximos post vão tentar trazer uma contribuição aos pais, sobre a vida esportiva dos filhos. Sem a pretensão de fazer um guia para os pais, bem longe disso, afinal muitos pais já fazem até mais do que será dito aqui, vou tratar apenas do resultado de muito estudo com pais, mães, avós, uma vasta bibliografia e a experiência de muitos anos trabalhando com as crianças e percebendo que o papel dos pais é fundamental, no entanto infelizmente presenciamos o lado negativo dessa influência e em muitos casos, crianças ou adolescentes que abandonaram o esporte devido a uma experiência negativa ocasionados pelos pais.

Primeiramente parabenizar a todos os pais que incentivam a prática esportiva de seus filhos, visto que esse é um fator primordial para a criação de uma cultura esportiva no país, além de contribuir com uma formação mais completa da criança.


Em todos os eventos esportivos, assim como na vida, a competição e a busca por resultados são inerentes ao ser humano e isso gera fortes emoções e reações negativas ou positivas em todas as pessoas envolvidas, onde se incluem os parentes, jogadores e os professores. Visualizando esse contexto organizei alguns tópicos com o intuito de auxiliar a todos nesse momento tão importante na vida da criança:

O esporte como educador

É notório que o esporte é uma grande ferramenta que auxilia na educação e no desenvolvimento do ser humano. O jogo nos traz a oportunidade de aprender e respeitar regras, ter autonomia nas tomadas de decisões e viver em grupo. Vale salientar também, que no momento de desenvolvimento que se encontram nossos atletas o resultado não é indicador de sucesso, e sim o rendimento.

A escolha da modalidade

A escolha da modalidade tem de estar ligada, principalmente ao prazer da prática esportiva. Portanto até os 12 anos, quanto maior for a variedade de modalidades experimentadas pelas crianças, maior será a chance dela optar por uma, na qual se especializará ou simplesmente levará essa modalidade para prática regular em sua vida, e isso é algo que será de grande valia para o futuro.

Vale lembrar que por mais que os pais tenham sido ótimos atletas em uma determinada modalidade, não necessariamente os filhos o serão. Porém, se os pais querem que os filhos pratiquem a mesma ou outra modalidade deverá oferecer e sugerir uma gama de atividades onde eles escolherão por conta própria, o que realmente desejam praticar e isso proporcionará e incentivará uma continuidade nas atividades, escolhidas por eles e é um fator importante para que eles se satisfaçam e passem a dar continuidade ao esporte escolhido, por que simplesmente esta gostando do que faz e pratica. E com esse acervo motor adquirido em várias modalidades certamente será um facilitador para tudo o que a criança for realizar ao longo da vida.

Este é o início dessa caminhada para o desenvolvimento da criança, o entendimento do esporte como ferramenta educacional e a escolha da modalidade sem pressões e tendo o prazer da prática como motivador. Teremos ainda muitos fatores a serem trabalhados de forma a contribuir com essa difícil tarefa de educar os filhos.

segunda-feira, 13 de maio de 2013


1.       Como começou?



1.1       Muito nessa carta:

 “Não foi minha primeira vez no Chile – espero que não seja a última. Nem por isso deixa de ser a mais especial. Menti a todos que me perguntaram por que viria: disse-lhes que para aprender espanhol, para estudar fotografia e tirar fotos para um novo portfólio ou para espairecer de uma atarefada rotina. Vim, na verdade, para tomar uma decisão.

Seria difícil explicá-la ou mesmo dar-lhe a importância que tem no meu coração e, por isso, penso que basta dizer que, retornando ao Brasil, quero ser mais do que sou agora. Mais interessante. Mais disposto. Quem sabe mais chileno? Sem dúvida, mais feliz.

Conto isso, talvez até com mais drama do que você merecia ler, porque seria impossível tomar decisões difíceis, se não houvesse quem as inspirasse – e você, sem dúvida, ainda que por pouco tempo, ainda que por pouco contato, foi uma inspiração para mim. 

Completo agora vinte anos no país que sonhei, mas após uma experiência muito mais interessante do que esperava e você, XXXXXX, foi parte importante nela. Fez YYYYY, mostrou-me ZZZZZ. E, assim, só posso esperar que eu também tenha, de alguma forma, ainda que pouco, feito alguns dos seus últimos dias melhores.
Inseguro de que isso baste, ofereço, com sinceridade e ansiedade, que mantenhamos, ainda que esporádico, contato.”

1.2       Sou apegado a símbolos: vinte pessoas a receberam; seis eram importantes. Quatro mantiveram contato; nenhuma ainda mantem.

1.3       Como começou o quê? Qual a da carta? Qual a sua?
      Antes uma proposta: eleja um lugar. Você não precisa o ter conhecido, talvez ele não precise sequer existir. 

1.4       Prazer.

domingo, 12 de maio de 2013

Rubem Alves - Sobre o Tempo

"O tempo se mede com batidas. Pode ser medido com as batidas de um relógio ou pode ser medido com
as batidas do coração. Os gregos, mais sensíveis do que nós, tinham duas palavras diferentes para indicar
esses dois tempos. Ao tempo que se mede com as batidas do relógio - embora eles não tivessem relógios
como os nossos - eles davam o nome de chronos. Daí a palavra "cronômetro".
O pêndulo do relógio oscila numa absoluta indiferença à vida. Com suas batidas vai dividindo o
tempo em pedaços iguais: horas, minutos, segundos. A cada quarto de hora soa o mesmo carrilhão, indiferente à vida e à morte, ao riso e ao choro. Agora os cronômetros partem o tempo em fatias ainda menores, que o corpo é incapaz de perceber. Centésimos de segundo: que posso sentir num centésimo de segundo?
Que posso viver num centésimo de segundo? Diz Ricardo Reis, no seu poema "Mestre, são plácidas" (que
todo dia rezo): "Não há tristezas nem alegrias na nossa vida". Estranho que ele diga isso. Mas diz certo: o
tempo do relógio é indiferente às tristezas e alegrias.
Há, entretanto, o tempo que se mede com as batidas do coração. Ao coração falta a precisão dos
cronômetros. Suas batidas dançam ao ritmo da vida - e da morte. Por vezes tranqüilo, de repente se agita,
tocado pelo medo ou pelo amor. Dá saltos. Tropeça.Trina. Retoma à rotina. A esse tempo de vida os gregos davam o nome de kairós - para o qual não temos correspondente: nossa civilização tem palavras para dizer o tempo dos relógios: a ciência. Mas perdeu as palavras para dizer o tempo do coração.
Chronos é um tempo sem surpresas: a próxima música do carrilhão do relógio de parede acontecerá no
exato segundo previsto. Kairós, ao contrário, vive de surpresas. Nunca se sabe quando sua música vai soar." (Rubem Alves)

Mais aqui

sábado, 11 de maio de 2013

Atento aos Sinais


Não gosto de Shows... 
Gente estranha trocando fluidos corporais não faz minha cabeça.

Mas como sou feita de exceções... 
Ontem fui ao Show do Ney Matogrosso... 

No inicio até me senti em casa... O Show aconteceu no Grande Teatro Palácio das Artes aqui de Beagá. Gente diferente, todas as idades, fila rápida, clima agradável, lugares numerados... 
Tudo contribuía para o meu conforto.

E como O Tempo Não Para e lá se vão mais de 70 anos...
Eu tinha que ir. 

Olhando a disposição do palco tive a impressão que seria algo meio cabalístico... Os instrumentos musicais estavam dispostos de forma circular  e no centro um trono feito de espelhos. 
Nada que não fosse esperado.

Sem duvida alguma, esse foi um dos melhores shows em que já estive. 

Eu obviamente fiquei extasiada com o baixo (isso sempre acontece)... Mas também tive o prazer do trompete e do trombone...
E esses dois meu amigo... Me enloquecemmmm. 

Minha zona de conforto sumiu quando ele apareceu... 

Olhar pra ele é olhar pra plenitude. É olhar pra uma vida intensa. 

É como ver alguém pregando uma peça na vida e na morte... Destemido... Transparente e forte.

Minha cabeça esta a mil até agora... Formulei tanto e desconstruí tudo.

Ele rebola, grita, brinca e atiça...
Homens e mulheres o desejam.

Olhar pra ele é questionar a si próprio. Como você segue a sua vida? Pare de ter medo!

Uma trilha sonora politizada e sexualizada nunca me fizeram tão bem... 

Um ser extravagante - obsceno e claro. 
Singular. 
Um bicho com 40 anos de estrada... 
Gritando pra gente ficar ATENTO AOS SINAIS.

neyatento3

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Só depende de você!!

Começa um novo dia de outono. Tá frio, e eu saio de casa antes do nascer do sol para poder ir trabalhar, ou seja, vejo o nascer do sol da janela do ônibus. Aliás, vejo não, só sinto. Em Sampa, impossível ver o nascer do sol, mas o importante é que eu sinto... Eu poderia reclamar por sair de casa antes do nascer do sol, mas prefiro pensar que saio de casa para ver o tímido sol de outono nascer, para ter um novo dia, novas oportunidades, novos desafios.

O que eu quero dizer com isso é que seu dia só depende de você.

Se você é daqueles que já chega reclamando no trabalho por ser segunda-feira, porque tem muito ou pouco trabalho, porque é preciso trabalhar... Meu bem! Pode ter certeza que seu dia não será lá aquelas coisas! Não só o dia, mas a sua vida inteira! E não digo somente de trabalho não, digo referente a tudo na vida. Pare de reclamar, levante da cadeira e vai fazer a diferença! Não gosta do seu trabalho? Arrume outro ou aprenda a lidar com ele, a tirar proveito, tirar coisas boas. Não gosta da sua escola? Da sua casa? Do seu bairro? O mesmo exemplo. Reclamar não te leva a lugar nenhum, só causa estresse e rugas de preocupação.

O que me fez escrever este post hoje foi depois de ler este texto (leiam, vale muito a pena!): http://lagartavirapupa.com.br/o-copo-esta-meio-cheio-sempre/


seu copo está cheio? o meu sempre está! =)

Bom final de semana pessoas!

quinta-feira, 9 de maio de 2013

De tantas

Para que tantas, aquelas tantas e tão doces palavras que surgiam em meio ao caos da cidade?
Carros iam e vinham, buzinas rasgavam o trânsito, e aquelas palavras... malditas palavras!
Sempre acompanhadas de um sorriso juvenil.

Viril.

Cansei das palavras.

Peço que se cale, e que seja pra sempre!
Tire a maquiagem, pendure a fantasia.

Prefiro que se vista com sua melhor roupa, que certamente será o que você terá de melhor para oferecer aos mes olhos. Que não os veja mais!

Posso agora seguir, com meu coração de menina e meu leve sorriso nos lábios.
Erê malcriado!

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Tênis, um capítulo a parte


Semana passada devido ao feriado, não tivemos post e hoje falo mais um pouco da série cultura esportiva e os mega eventos no Brasil, agora tratando de um esporte em específico o Tênis.

Recentemente foi desfeito o acordo que previa uma verba para o projeto olímpico do tênis, projeto que contava com a participação de Gustavo Kuerten e Larri Passos. Entres outras alegações a questão de passagens aéreas foi algo que pegou, pois as viagens de tenistas sofre muitas variáveis. Pois bem o fato é que o projeto acabou e nosso ídolo maior do esporte o Guga sentiu o baque e provavelmente e lamentavelmente não contaremos mais com seu apoio.

A pergunta que fica agora é quem vai explicar os 2 milhões de reais jogados fora? Para onde foi esse dinheiro, de quem é a culpa, cadê o ministro dos esportes, os presidentes do COB e da CBT, qual o novo plano para a modalidade? Alguém precisa responder a essas perguntas, ou mais uma vez vamos olhar esses números e simplesmente ignorar e agir como mais uma falcatrua a que estamos acostumados.

Saliento novamente que sou formado em Educação Física, tenho uma empresa de assessoria esportiva que trabalha com o tênis nas escolas e sei a dificuldade que é implementar o tênis nas escolas. O esporte ainda sofre com o preconceito de ser um esporte de elite, no entanto falta é mais boa vontade dos envolvidos nas escolas e dos professores em se atualizarem, pois a questão dos valores são irrisórios diante dos benefícios da modalidade, sem falar que novos métodos permitem mais alunos em uma mesma aula, barateando consideravelmente os custos e por que não incluir nas aula de educação física? Segue um vídeo da possibilidade de uma de educação física incluir o tênis:



Neste vídeo, não se tem a intenção de apresentar o esporte tecnicamente e sim de maneira lúdica para que as crianças tenham essa oportunidade de experimentar, daí por diante entram as atividades extracurriculares para oferecer aos alunos à opção de continuidade na modalidade e assim caminhar, até o aluno escolher um esporte e seguir a diante com ele, ou simplesmente levar os benefícios que o mesmo traz para nossas vidas e ainda, fomentar o esporte com os filhos, sobrinhos e netos.

Dessa maneira, com o esporte nas escolas e com mais praticantes, não teremos que passar por essa vergonha que estamos vivenciando com o desperdício do nosso dinheiro, que mais uma vez esta sendo usado para cobrir os erros do passado, com a desculpa das Olimpíadas do Rio de Janeiro. Dessa vez erraram duas vezes a primeira em mais uma vez investir no alto rendimento e depois cancelam o investimento, é uma brincadeira de mau gosto.

Bom, pretendo seguir esse caminho da formação de crianças em especial no tênis e sem ajuda do governo. Pretendo fazer parcerias com empresas privadas para termos condições de aumentar o alcance do projeto de tênis nas escolas e conto com a colaboração de diretores e pais de alunos para fomentar não só o tênis, mas o esporte em geral. E claro continuarei a fiscalização dos eventos e cobrando explicações de quem foi eleito para nos representar e não nos roubar.

domingo, 5 de maio de 2013

O papel do professor (Rubem Alves)

Um dos meus musos inspiradores, falando sobre o papel do professor:

"Quando o que o professor fala desperta a curiosidade na criança..."
"A relação com a leitura é uma relação amorosa."

sábado, 4 de maio de 2013

Aprendendo a contar.


Escrevo porque no final eu sempre sou melhor no papel.

Eu nunca te disse o que eu fiz nesse tempo todo...

Aprendi...
Aprendi a ser sozinha. A ficar feliz e tranquila comigo mesma.
Aprendi a sentir as pequenas vitorias e derrotas do dia-dia em silêncio.
Aprendi a viver. A acreditar em Deus.
E o melhor de tudo... Aprendi a lutar.
Nesse tempo de aprendizado...

Fui ao inferno mil vezes.
E nessas idas e vindas perdi meus sonhos, minha fé, meus objetivos.

Em silêncio... Porque nessa caminhada estive sozinha... E percebi que precisava me manter assim.

Hoje a salvo não penso no passado e por vezes não conto com o futuro.

Descobri que todas as coisas que passei e que ainda poderei passar não me definirão.

Minhas escolhas sim.
Elas são o que eu sou. Elas me levam a qualquer lugar.

Sobre o amor e todo esse tempo...

Acho que sou um daqueles espíritos livres...
A procura de algo bom.

Já tentei usar manuais de sobrevivência...
Tentei ser durona... Fingir que esta tudo bem.

Tudo isso pra que?
Pra não me perder... Já não posso mais... E antes que eu grite... Prefiro fugir dessa vulnerabilidade.

Enquanto fujo... Me vejo voltando pra você.
Droga!

Hoje dou um passo atrás...
E percebo que voltar é preciso. 

Aprendi que o Amor é o que alimenta a minha alma...
E de onde eu venho... Amor é atitude.
O Amor se move.
O Amor move o mundo (o meu mundo).

Não quero chegar ao fim olhando para as lutas que eu não lutei (Ora! Afinal agora eu já sei lutar).

Preciso confessar... Você é uma nova batalha. 
Não tenho estratégias, não uso armas e não sei se a sorte segue ao meu lado.

Hoje minha vida começa.
Aos poucos já consigo até andar.
 
Não tenho nada para te oferecer.

Mas como disse...
Eu posso lutar.